"Suspenso no ar" do sétimo andar

Pois é.

Olha só!

Última sexta-feira nessa cidade terrível. Partir para outra cidade terrível, mas que acolhe o contraste como nenhuma outra. E eu sou apaixonada por esse contraste todo que existe na cidade de São Paulo. Tchau, Cotia. Tchau sofrimento. Vou partir para outros sofrimentos, agora. Os meus sofrimentos. A minha vida. As minhas coisas. Tudo num pedacinho minúsculo de chão "suspenso no ar" do sétimo andar.

Pois é.

Olha só!

De novo. Com as asinhas livres pra voar novamente. Do caos, do metrô, da correria, da poluição. Cheio de fumaça, cheiro de cigarro, cheiro de trapaças. Conquistas. Com.puta.dor. Computador. Dor no coração de dar um breve tchau para meus pais. Dor no coração de deixar esse quarto lilás. Dor no coração de fugir dessa zona de conforto toda. Mas eu não nasci numa bolha protetora e já me ferrei demais. E sei que vou me ferrar muito agora. Importante é ter a cachola no lugar. Abrir espaço para o controle da mente (e dos gastos), (e do gato que vou adotar), (e da felicidade distribuída nesses pequenos metros quadrados - pequenos, mas meus).

Pois é.

Olha só!

Mas, aí... Preparada? Vamos embora? Vamos partir e jogar bola? Vambora continuar? Bora com tudo? Tá que tá, hein? É aquilo que falo pra você: se você quer, se você se esforçar, você consegue. E tá conseguindo de novo.

Vambora: esse tal de sétimo andar "suspenso no ar" está te esperando. E dá até pra abraçar!