Pensar que já é a minha 122ª postagem aqui me faz pensar muito.
Sobre como era difícil escrever sobre política e assuntos da atualidade na escola. Ter a cabeça pronta para escrever uma redação em uma folha branca, cheia de linhas vazias.
De certo modo, sempre travo para ler e escrever.
Escrevo sobre sentimentos, acho muito mais fácil que abordar um assunto "geral" por aqui.
Quando eu tinha lá os meus quatorze anos, comecei a escrever sobre o que eu sentia, sobre o que eu queria. Sobre amor, sobre morte. Sobre vida. Sobre sorte.
Não dei continuidade e fiquei sem escrever durante muito tempo. Hoje, ao reler o arquivo do Word com 30 páginas ininterrúptas, reparo nos erros gramaticais, na falta de atenção para formular uma frase, na falta de cabimento com algumas coisas que eu pensava e queria.
Nunca fui de planejar muita coisa, de pensar no que eu vou "ser quando crescer". Eu nem sei o que eu realmente quero nesse exato momento. Talvez apenas deixar rolar e viver a vida com a liberdade que lutei tanto para conquistar. Não tenho a vida ideal, mas tenho a minha vida, o meu espaço, os meus lucros (pequenos, mas existem), o meu modo de encarar as coisas.
Eu mais vivo intensamente que deixo rolar, na verdade. Eu realmente me entrego aos sentimentos, me jogo. Caio de cabeça. E nem sempre é bom.
O ideal é que eu consiga abrir minha mente para praticar um pouco mais a minha evolução. Aceitar que nem tudo o que eu quero, eu posso ter. Mas batalhar para ter: eu posso. Eu posso e eu quero batalhar.
Eu me considero uma pequena guerreira, uma pequena heroína de mim mesma. Uma pequena atriz nesse mundo que não permite ensaio algum. "Tente outra vez" é a chance de errar novamente, e não é um ensaio da vida. A vida tá aí, cara a cara comigo. Frente a frente. E eu consigo sentir o cheiro de coisa nova, coisa que me envolve, me cativa.
O meu peito está estufado, a ponto de explodir. E eu quero muito que exploda.
Talvez porque sim.
0 pensantes:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.