Por mais que a Coreia do Sul hoje seja popularmente conhecida como o país do "Gangam Style", a reserva do cinema está para Kim Ki-duk e Park Chan-wook. Ambos produzem filmes brilhantes do cenário oriental e, diferentemente dos filmes japoneses, os coreanos se baseiam em histórias mais relacionadas ao cotidiano, enquanto os japoneses procriam o gore como um estardalhaço cinematográfico (algo que eu admiro muito, mas deixo para tecer comentários depois).
Michelangelo representou a morte de Jesus após sua crucificação sendo carregado pelos braços da Virgem Maria na escultura de mármore Pietà, uma obra do artista que expressa a dor e a angústia que ali existia. Por mais que Pietá seja a representação de Jesus e Maria, Kim Ki-duk escolheu Michelangelo como inspiração para uma de suas últimas obras cinematográficas.
Trata-se do filme, intitulado também como Pietà (피에타, 2012), a história de Lee Jung-Jin, um rapaz com a crueldade em sua alma trabalhando para agiotas indo atrás dos seus maiores devedores e, caso não devolvessem o dinheiro com o juros altíssimos que propunham, os devedores pagariam a dívida a duras penas. Até que em certo dia, Lee conhece Jo Min-Su, sua suposta mãe. Não só rigoroso era Lee, mas fora um rapaz que cresceu sem ter sua mãe por perto e, muito provavelmente, sem mulher; o que explica algumas cenas do filme. Jo Min-Su a todo momento tenta conseguir o perdão de seu filho por tê-lo abandonado ainda bebê. Passando-se quase 30 anos, é difícil Lee entender e superar a angústia que passou por ter vivido sem eira nem beira, ou seja, cresceu sem amor materno e sem saber o que é o real sentido da família.
Por mais que Lee tenha sido um personagem ruim, é praticamente impossível não se apegar à ele. Sua mãe botou em dúvida o real sentido da família, visto que cedeu a alguns caprichos do filho (o que me deixou boquiaberta por alguns momentos) e Lee aprendeu da maneira mais errônea o que é ter uma família, o que é construir uma família.
Michelangelo representou a morte de Jesus após sua crucificação sendo carregado pelos braços da Virgem Maria na escultura de mármore Pietà, uma obra do artista que expressa a dor e a angústia que ali existia. Por mais que Pietá seja a representação de Jesus e Maria, Kim Ki-duk escolheu Michelangelo como inspiração para uma de suas últimas obras cinematográficas.
Trata-se do filme, intitulado também como Pietà (피에타, 2012), a história de Lee Jung-Jin, um rapaz com a crueldade em sua alma trabalhando para agiotas indo atrás dos seus maiores devedores e, caso não devolvessem o dinheiro com o juros altíssimos que propunham, os devedores pagariam a dívida a duras penas. Até que em certo dia, Lee conhece Jo Min-Su, sua suposta mãe. Não só rigoroso era Lee, mas fora um rapaz que cresceu sem ter sua mãe por perto e, muito provavelmente, sem mulher; o que explica algumas cenas do filme. Jo Min-Su a todo momento tenta conseguir o perdão de seu filho por tê-lo abandonado ainda bebê. Passando-se quase 30 anos, é difícil Lee entender e superar a angústia que passou por ter vivido sem eira nem beira, ou seja, cresceu sem amor materno e sem saber o que é o real sentido da família.
Por mais que Lee tenha sido um personagem ruim, é praticamente impossível não se apegar à ele. Sua mãe botou em dúvida o real sentido da família, visto que cedeu a alguns caprichos do filho (o que me deixou boquiaberta por alguns momentos) e Lee aprendeu da maneira mais errônea o que é ter uma família, o que é construir uma família.
Indagar sobre o que é dinheiro foi corriqueiro. Afinal: o que é dinheiro?
O começo e o fim de todas as coisas.
O começo e o fim de todas as coisas.
Vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza no ano de 2012, Pietà é um dos melhores filmes da carreira brilhante de Kim Ki-duk.
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