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    Terminal Boredom


    Todo ser humano gira em torno de objetivos, ganâncias, prazeres únicos. E nem tudo cabe na palma da mão.
    Queremos abraçar o mundo e queremos tudo agora. Não que seja errado, mas não que seja certo como um todo. Tenho vontade de fazer muita coisa. Coisas inumeráveis e nem sempre plausíveis.
    Adoraria poder conhecer o mundo, viajar, sumir. Ir para lugares que ninguém conheça meu rosto, que ninguém saiba dos meus gostos, que ninguém me veja com olhar maldoso. Acredito que muita gente tenha essa vontade. Às vezes bate mesmo aquela vontade de sumir e não reconhecer ninguém. Estar num lugar livre de pensamentos de gente que não tem um pingo de consideração por tudo o que faz e vive.
    Eu tenho vontade de poder escovar os dentes pela manhã sem pensar em metas e no jeito que devo agir. 
    Adoraria ter mais dinheiro. Sim. Dinheiro. Infelizmente muito do que quero fazer só seria possível com dinheiro. 
    Gostaria muito de poder acreditar em todo mundo. De confiar. De poder fechar os olhos e acreditar que posso e tenho com quem contar. Mas não dá. Não é possível. Eu adoraria poder caminhar por aí e não encontrar ninguém com quem eu tenha que atravessar a rua pelo simples fato de não querer nem olhar pra cara e dividir a mesma calçada.
    Passos simples de quem quer viver intensamente, mas passos que sempre encontram curvas e obstáculos.
    Eu não me sinto confortável.
    E eu ando com bastante medo.
    Feliz por um lado, receosa pelo outro.
    Eterna balança, né? Talvez seja o equilíbrio. Talvez seja apenas uma mistura de tudo e nada. (E é engraçado como tudo e nada é sempre uma pauta por aqui).
    Infelizmente eu erro o tempo todo. E quando erro, todos os meus acertos são jogados fora. (E é engraçado como mais uma vez eu falo de erros e acertos por aqui).
    Eu só queria acreditar. Só acreditar.
    Ah, eu não sei de mais nada. Melhor seguir em frente e sem as pedras nas mãos.
    Melhor seguir em frente e ter o tesão de viver. 
    Esse medo dá ainda mais tesão. 

    Mas adoraria não ter medo.

    E, ah. Mais uma vez gripada.



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