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    Já disse?


    Já disse que odeio ser mulher? Viver no extremismo e ficar pensando um turbilhão de coisa idiota sobre situações idiotas que não vão me levar em lugar nenhum?
    Odeio ter que lutar contra alguns sentimentos que aparecem pipocando na minha mente, e a dor de cabeça pipocando junto.
    Odeio ter que lidar com tudo isso e compartilhar com gente nada a ver. Odeio compartilhar. Queria ser mais neutra, menos fantasiosa, menos imbecil.
    Odeio ter que lidar com tudo isso e compartilhar com gente que até se importa. E que fala a verdade. Daí vem a caralhada de tapas na cara, de impressões certas. E continuo lutando contra isso.
    Odeio falar e fazer o contrário. Dizer que sou forte e o caralho.
    Lutar pelo contrário e fazer o contrário do contrário. E vai tudo pro ventilador.
    E dá uma dor de cabeça. De novo! E sempre. E sempre volta a dor de cabeça. E sempre volta.
    E volta. E vai. E vem. E eu aqui, de novo.
    De novo com esse sentimento inconveniente. De novo com essa sensação que, muitas vezes, prometi nunca mais sentir. Mas sentir não tem absolutamente nada a ver com prometer. E prometer não tem absolutamente nada a ver com cumprir. E cumprir nem sempre combina com fazer. E fazer nem sempre orna com ter. E ter nem sempre é o mesmo que poder. E poder nunca, mas nunca nunca vai ser algo prioritário. E isso me corrói.
    Corrói por dentro e por fora.
    Corrói de dentro pra fora.
    E de fora pra dentro.
    Por todos os lados.
    Corrói.
    Machuca.
    E vou tropeçando.
    Melhor ir pra casa, não pensar bobeira. Mas só de pensar em não pensar bobeira, já tô pensando bobeira.
    Complicado?
    Imagina. 
    Tá.
    Fo.
    Da.

    Vou tentar não ser tão mulher. Tentar.

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