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    A louça está cheia de pia pra lavar.


    Abro a geladeira: um panetone velho, uma garrafa de água e uma de guaraná. Escolho o guaraná para beber numa xícara - e se minha dislexia permite - a louça está cheia de pia pra lavar. E o que eu mais faço é ficar deitada/sentada nessa cama de lençóis cor-de-rosa. Abro a boca para engolir um pedaço de panetone, que desce rasgando gelado seguido de um gole de líquido borbulhante. Me esqueço que o panetone é de chocolate - por recomendação médica, não posso comer. Mas que se dane! Ligo o ventilador, abro a janela, penduro o edredon que lavei ontem e esqueci dentro da máquina de lavar: ele é maior do que imaginei e está arrastando no chão sujo. Centenas de fios de cabelo que perdi espalhados pelo chão do apartamento, a mesa desorganizada, DVDs pra todo lado e um chão cheio de poeira pois colocaram uma campanhia na minha porta, juntamente com o olho mágico. O violão que estourou a corda - tive vontade de tacá-lo no chão, mas ele não tem a menor culpa. Eu toquei muito raivosa, cheia de vontade de tocar direito. Em vão, minha força estourou uma das cordas e eu perdi o pouco de paciência que tinha. Por sorte, tinha uma corda reserva que logo tratei de trocar. Inferno! Infernos múltiplos de quem tem ânsia por ansiedade e atropela tudo (e todos). Ódio de mim, ódio de ser assim.

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