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    Assim espero


    Tentei achar um meio, uma resposta, um caminho para aliviar a dor. Ouço o ronronar da gata, o apito da panela de pressão, os pássaros cantando lá fora: nada serve como antídoto para o sentimento mais profundo - e que só a gente sente.
    Passo horas tentando achar respostas, anseios, desejos e aflições novas - competência de quem é ansioso. Não ansioso em viver, mas ansioso em ver e rever o que tem feito e o que tem deixado de lado.
    Deixei de lado o meu próprio eu: distante de mim, distante de tudo. E quando não há saída, não há chão e nem rumo que dê lajotas para pisar no 'sim' e no 'não.
    A vida em stand by não tem a menor graça. Se vivida em paz não tem a menor graça. O que a gente procura é por transtornos diários, confusão mental, desafeto (talvez). E talvez num gesto singelo de empatia, a gente crê que valha um pouquinho a pena.
    Concretizar e materializar desejos e ambições é instinto do ser humano. Saber quando e como usar palavras, cativar estradas, ponderar trajetos e arriscar tabuadas: já nada será como antes. Mas pelo menos a gente tenta. A gente tenta e a gente inventa maneiras diferentes de viver e de sentir. Inúmeras maneiras de ver e de partir. A hora exata é aquela que a gente sente que é. E só a hora exata, o tempo certo, o caminho mais longo e cheio de pedras trará respostas, infinitas respostas. E não serão respostas imediatas. Mas um dia a gente terá resposta pra toda e qualquer dúvida que surge no percurso.
    Assim espero. E assim talvez seja uma nova forma de enxergar as coisas.
    Bem que dizem que quando a gente tá na pior é quando a gente mais consegue escrever. Não que eu seja digna de tablóides mas, como sempre, isso daqui me serve e me alimenta de inspiração para escrever.

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