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    'Tão perto de mim e tão longe de tudo'


    'Solidão amiga do peito.'

    Faz efeito quando a gente tenta sempre querer mais para ser/ter mais. Talvez seja só mais uma etapa. Talvez, não: é. E que seja! Cada qual com sua passagem. Surtindo efeito sobre as mais variadas coisas: cabíveis e inconquistáveis. Desejar tudo em dobro sempre tem seu peso. E que seja o peso com o valor da leveza. E o valor da leveza é aquele que a gente sente que existe. E persistem em querer mais para ser/ter mais.

    'Me dê tudo que eu tenha por direito: me diga, me ensina.'

    Tão vazio quanto o tamanho do céu. Infinito além e isso não se trata deu um véu de noiva: aquele que carrega sonhos falsos de felicidade para que, no fim, tudo dê errado novamente. A vida e seu eterno ciclo vicioso de ganância, desespero e suor por aquilo que não nos merece.

    'Ao dormir não sinto medo: há um sol, existe vida. Me trate com jeito: eu tenho saída.'

    Tanto que, para tal, estou passando por um processo duro de retiro (seja espiritual ou dane-se, é um retiro: retirei-me do mundo para botar as ideias catalogadas). Talvez seja por esse meu modo de achar que meu cérebro não seja dono de mim, que seja apenas parte de mim. Ele não me comanda mais e criou suas próprias perninhas peludas, que andam e saltitam por aí sem responsabilidade alguma. Eu perdi a sanidade quanto ao meu cérebro.

    'Eu quero calor e o mundo é frio. Minha vaidade não enxerga o paraíso: eu preciso de alguém pra fugir, sem avisar ninguém.'

    Será que preciso mesmo? Digo: será que preciso fugir? Ou de alguém? Claro que sozinho ninguém chega lá. Involuntariamente a gente pede uma mão, um braço, um pé: o corpo todo. Para seguir é preciso consentir e sentir o que me espera. Talvez seja um grande obstáculo ou talvez não. É só a vida que tá aí, a me encher de tapas, socos e pontapés.

    'Não vou olhar pra trás: a saudade está morta.'

    E como dever de não olhar pra trás: é doloroso. É difícil e complicado não querer voltar atrás. Talvez voltar atrás para que, daqui pra frente, as coisas tomem um rumo totalmente obscuro. E escuro. Sem saber no que vai dar. Mas ninguém tem o direito de se preocupar tanto - muito menos eu, comigo mesma. Eu me preocupo muito comigo. E.ISSO.TÁ.ME.DEIXANDO.MALUQUETE.

    'E já não me importo: está longe demais.'

    Tão distante e inalcançável que talvez tudo isso e aquilo não caiba mais nas palmas das minhas mãos. Transbordem e me ofendam: é isso mesmo o que procuro? Que nome que a gente dá pr'aquilo que a gente tanto deseja, mas não pode ter? Que nome a gente dá? Qual o caminho a seguir se nem tudo mais faz sentido? Sem sentido, sem caminho, sem chão, sem rumo. Sem paz de espírito. Que diferença faria acreditarmos que lutar vai resultar em vitória, se nem sempre a vitória existe? Que diferença faria se lutássemos mais? Parafraseando com as paredes do quarto. E eu já nem sei mais quem sou às 2 da madrugada. E nem às 2 da tarde. Não mais sei quem diabos sou. Só me restam 7% de bateria, um celular sem sinal e um vazio no peito. Nada tá sendo como antes. Nem mesmo antes foi como está sendo agora. As pessoas estão ficando cada vez mais loucas e eu faço parte disso.

    'Longe demais de tudo: eu tô longe demais. Tão perto de mim e tão longe de tudo.'

    Pirar, surtar. Pra tudo tem remédio. Um antiseiláoquê aqui e um ansiolásevaiaminhasanidade ali.

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