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    Paura


    Acordo às 6h15 com a esperança de levantar imediatamente, e nao há forças - apenas um tipo de revolta por pensar em situações minhas e alheias. Nada nem ninguém merece nosso sofrimento, nem que seja mínimo.
    Levanto às 7h45, me olho no espelho num momento que antecede o escovar os dentes: preciso melhorar esse visual. A cara pálida não tem mais sentido. As olheias enfim estão sumindo, mas o rosto cansado de expressão que procura por uma resposta, um anseio, uma razão para entender que as coisas 'precisam' ser assim, assumiu em minha face.
    Pois bem, amanhã assopro as 27 velinhas tão indesejadas. Que seja o início do novo ciclo sem fim, mas com término do sofrimento que passei. Sempre fui de ficar animada com meus aniversários, adorava festas. Lembro com nostalgia os aniversários passados, todos rodeados de gente, de música, de fartura na mesa, de álcool e refrigerante. 2012 não. 2012 não pediu por isso. 2012 foi o ano em que tudo e nada aconteceu.
    Hoje me permito reservar o dia para passar com duas amigas que estão presentes nesses momentos que passei - seja virtual ou pessoalmente. Me permito passar um tempo com elas, que até então e involuntariamente, deixei um pouco de lado. Até que eu fique bem - de verdade - visitas assim me darão alegria. 
    Por essas e outras que eu perco a esperança no ser humano. Poucos aqui valem a pena, poucos e raros - cada um à sua maneira. Desespero só! Desespero de saber que quando perdemos o controle, tudo sai dos eixos. E há quem se cale. Há quem se cale e há quem prefere ter que passar por tudo isso sem saber controlar a mente. Fragilidade? Talvez. Um aspecto bem estranho, na verdade. Falta de respeito, acho. Com nós mesmos.
    Enfim, bora lá tomar café e pensar com uma pontinha de esperança de que o dia vai ser bom.
    E eu não vou desistir - de mim e dos meus amigos.

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