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    Lado A


    Quando escrevi meu primeiro post nesse blog, estava num período deveras perturbado. Havia me separado alguns meses atrás e meu cérebro estava a milhão por acreditar que tudo seria diferente (e melhor do que a encomenda), mas nem tudo agiu conforme o planejado. 
    Meu primeiro texto, o "Vai vendo." não teve conotação nenhuma, sentido algum. Foi um texto avulso e meio ridículo, tenho vergonha dele. Eu estava realmente perdida quando decidi criar um novo blog para botar tudo o que estava preso numa caixinha dentro de mim. Comecei escrevendo de uma forma engraçada, moldada na linguagem de internet, e repleto de palavrões. Coisa que com o passar dos meses (e nem faz tanto tempo assim), fui me aprimorando na escrita. Não que eu me considere escritora (longe, muito longe disso - e nem quero!) mas, escrever pra mim é um exercício diário, rotina. Algo como escovar os dentes. Caminhar, talvez.
    Bem, relembrando alguns deslizes do ano passado (que foi um só, na verdade... Mas que valeu por 15), eu imagino que a forma como vivi não foi apenas um erro. Foi um erro solto e incorrigível. Enlouqueci completamente, me apaixonei perdidamente por alguém (ou algo) que não existia. Me feri sem controle e me encontrei doente. Foi terrível e quis dar um basta nisso: agora só quero acontecimentos saudáveis, que me agregam algo e não subtraem. 
    Pois bem, sempre tive relacionamentos complicados... Não, minto. Na verdade, eu sempre compliquei ainda mais as coisas. Visto que, para mim, sempre dava para "mudar" alguma coisa. E sempre dava para deixar meu orgulho e egoísmo falarem mais alto. Janeiro agora está me oferecendo algo novo, o tal do "botar o pé no freio" para não me ferir mais uma vez. E olha que tá cicatrizando ainda (e confesso que ainda dói). 
    No quesito "relacionamentos" eu sou bem elétrica. Não que "oh, meu Deus, a Nataly é uma neurótica!" porque talvez depois de ter dado tanto murro em ponta de faca eu finalmente tenha aprendido como é que se joga o jogo. E não que tenhamos que complicar tanto um relacionamento assim, eu exigia demais (de mim e dele) e deixava de viver o relacionamento. 
    O "Massagem no meu ego" é dono de inúmeros (e enormes) textos guardados em rascunho e que não pretendo publicar. Escrevi tanto para o que vivi, e pretendo deixar guardado para não viver de novo. Não quero um resquício desse sentimento estufado e vazio ao mesmo tempo. Deixar o peito aberto para o novo, e estar preparada (e conformada!) para não ter novidades assim tão cedo. Não dá para prever. Muito menos bolar sentimentos por aí. Se vier, que venha com tudo. Acho que estou preparada. Ou apenas um pouco mais com os pés no chão.
    Entretanto, supor e adivinhar situações está fora do meu menu. Hoje eu escolho a transparência. 
    E resgatar minha essência.

    "Solo quiero saber lo que puede dar cierto 
    No tengo tiempo a perder."

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