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    "Mesmo assim, eu te amo..."


    No quesito 'amizades' estou muito bem (obrigada!) e nunca precisei "cobrar" atenção de ninguém. 
    Analisando situações de terceiros, percebo o quão piegas, dramáticas e mesquinhas algumas pessoas são. O famoso reclamar com "Você tá sumido, hein? Nunca mais me ligou!".
    ORA, VEJA BEM. Se o indivíduo não ligou e o outro não ligou, então o que dá de errado? 
    Sente saudade? Liga.
    Acha importante? Se importe.
    Nunca acreditei que a base da amizade esteja no "ver toda semana" e "ligar todo dia". Amigo que é amigo estará lá, a qualquer hora. O que acho ridículo é a carência das pessoas que foram (prestem atenção no verbo) importantes um dia em acharem que simbolizar o que teve no passado em fotos de Facebook, e que isso seja algo de orgulho. Cobrar por atenção e carinho é estar sujeito ao ridículo, de verdade.
    "Mesmo assim, eu te amo..." (em caixa alta). Mesmo assim? Cara, ninguém cobra pelo amor de ninguém. É algo que surge, não algo que criamos. É algo que está ali para ser, e não para compensar. É algo que a gente cultiva, e não algo obrigatório.
    Amor de amigo é amor de amigo. "Mesmo assim, eu te amo..." é olhar para o próprio umbigo. E ir ao infinito. Do quê? Aí só você sabe.
    "Mesmo assim, sou seu amigo".

    Não, nem é assim que as coisas funcionam.
    Não pelo menos comigo.
    Não preciso ouvir da minha mãe que ela é minha mãe o tempo todo para compreender que ela é minha mãe.
    Não preciso ouvir um "Mesmo assim, eu..." de ninguém.
    Nem eu e nem você precisamos, na verdade.
    É algo que é. E não precisa ser falado.

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