No friend of mine

Raras são as vezes que me sento aqui com a finalidade de escrever sem parar e acabo me travando. É um certo bloqueio que eu criei após passar por algumas situações nada corriqueiras: o tempo e o espaço agora são só meus. Por mais que seja infinito, é bom limitar a velocidade (e a veracidade!) das propostas feitas com o andar da carruagem. 

Fico pensando aqui, indagando ali, transformando -quase- tudo em uma grande coisa sem sentido. Como na maioria dos meus textos, que são dignos para serem guardados aqui: apenas. Pessoais demais, transparentes e translúcidos. Não nasci para escrever para os outros, nem sobre os outros. Escrevo sobre mim por suspeitar que me conheço melhor que ninguém. Inverdade.

Vamos supor que tudo isso que passei no final do ano tenha sido uma tarefa. Saí ilesa, mas não 100% sóbria. Talvez só eu (apenas eu) saiba o sentido das coisas e do peso pelo qual carreguei nas costas. Compartilhei com gente demais e as tais máscaras caíram como uma pedra no mar: respingou e fez barulho, fez ruído. Ruído esse que me fez analisar um a um, no âmbito de "confiar para quê se eu posso desconfiar?". Nesse sentido, eu só tenho a ganhar. 

Veja bem: vomitei um trem carregado de palavras avulsas para pessoas aleatórias e a situação fugiu do meu controle. O abismo fica bem mais próximo quando a gente quer, mas o caminho alternativo existe para isso: para ser usado. E eu usei.

Eu simplesmente deixei de confiar e acreditar em algumas personalidades que se parecem com o colorido, e no contexto são pintadas em preto e branco. No vazio da mente, no desvio do olhar, no cair das mentiras ditas e na falta de credibilidade quando se oferece para um passeio qualquer, eu me privo a estar lado a lado com essa tal negatividade.

Pensar positivo soa piegas, mas se é o caminho, bora lá, né?

Negócio é pensar positivo e parar de ser besta. Subtrair (pessoas [até que]) faz bem.

Daydreaming is a habit of mine