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    Intitulável


    Assumir que gosta. Talvez a abertura para conseguir estragar tudo o que nem começou. Partindo pelo pressuposto de que eu não deva agir assim, com muita sede ao pote, me encontro um pouco fraca e sem perspectiva sobre o que faço e/ou deixo de fazer. Dona de muitas qualidades e um defeito que sobressai todas essas qualidades: ansiedade que seca a garganta e corrói o peito. Peço todos os dias para que isso me deixe em paz, mas mal consigo controlar minha mente.
    Durmo para não pensar. Me distraio para não enlouquecer ainda mais. Perco muito por ser muito intensa, maluca, lelé da cuca. Invisto em muita coisa incerta, ou talvez certa de que não é pra mim. Fico cega e almejo o impossível.
    Calar a boca que só desenfrea e avança com palavras incabíveis e inaceitáveis, e talvez deixar o que é incerto como está.
    Irritante pensar que eu irrito sem pensar.
    Pensar que assumir o erro é, talvez, um modo de defesa (ou não) contra aquilo que possa me ferir. Assumir o erro não promete que eu não erre novamente. Já o fiz e não há conserto! Não tem borracha nem corretivo para isso.
    Posso e devo ficar quieta. Acho que isso é mínimo.
    Máximo é agir inconsequentemente.
    Um dia de domingo para acordar às cinco.

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