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    I'm not ready for (____)



    (@shinmorae_)

    Intensa demais.
    Sempre me disseram. 
    "Não entendo como esses caras não aproveitam esse vulcão chamado Nataly." É, eu sou fora de série...
    É porque ninguém suporta aguentar o tranco, o meu histórico amoroso. A minha ansiedade, os meus vômitos, a minha paranóia. Ninguém tem suportado a minha intensidade, a vontade de viver tudoaomesmotempoagoraesempre. Ninguém tá preparado pra dividir uma história. Ninguém tá afim de peso e eu não sei ser leve.
    Tropeçar e cair 7 vezes, levantar 8.
    No 8 resolvi levantar pra não tentar de novo, mas sei bem como sou. Sempre tropeçando e caindo de novo, subdividindo lágrimas e gargalhadas pra não me adentrar em mais uma loucura.
    Eu sou assim.
    Veloz, furiosa, rápida, intensamente intensa. Extremamente intensa.
    Poucos entenderão. Poucos serão foda o suficiente pra aguentar essa sutileza de um hipopótamo.
    E eu sinto que estou no ringue há muito tempo.
    Alguns lutadores até se arriscam em bater, eu apanho, sangro, mas me levanto.
    Outros deixam que eu bata, eu bato, arranco um órgão, mas não olho pra trás.
    Alguns nem se arriscam, olham, tem medo e deixam passar esse furacão, vulcão, ou qualquer coisa que o valha.
    Nunca me é o suficiente. Estou cansada de tanto olhar, tanto pensar, tanto questionar. Às vezes sinto que minha mente é algo exterior ao meu corpo, que não me pertence e que foge do meu controle.
    Inobstante a isso, poucas vezes me pego sem pensar em nada. É bem difícil conviver comigo mesma.
    A terapia não tem surtido muito efeito, me faltam forças hoje pra levantar da cama e fazer algo que preste. Parece que o corpo tem respondido à mente: é melhor parar, vou te adoecer agora, acalme-se e tenha esse momento com você, só você, mais ninguém. Meu corpo precisou agir para que a mente estacionasse em algum lugar, e que eu não leve multa - parei em lugar proibido.

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